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Comentários sobre o 2020 PV Module Reliability Scorecard

Seguem meus comentários sobre o 2020 PV Module Reliability Scorecard:


Inicialmente, é válido dizer que nem todas as fabricantes de módulos do mundo participam dos testes, por não serem obrigatórios ou classificatórios para nenhum projeto. Então, se uma empresa não aparece na lista de Top Performers, ela pode não ter classificado nenhum módulos nos testes ou simplesmente não ter participado dos testes.

- O grande avanço tecnológico na fabricação de módulos fotovoltaicos é evidente quando se analisa os tipos de produtos testados neste ano, principalmente comparado com os anos anteriores;


- O PVEL aponta um risco no mercado fotovoltaico relativo a durabilidade de módulos com novas tecnologias (pois ainda não foram testadas em campo, obviamente) e também a novos tipos de degradação advindos destas tecnologias. Além disso, degradações dadas como "resolvidas", como PID, voltaram a ser um problema;


- Algo que sempre falo por aqui: a classificação da BNEF (Tier 1) não se refere a qualidade ou confiabilidade dos módulos, sendo um indicador de solidez da empresa fabricante. É uma classificação importante, porém não pode ser olhada isoladamente (pg 11);


- Certificações dos padrões IEC: este é o principal alerta que vejo no relatório. As tecnologias avançam mais rapidamente do que é possível criar padrões para testes e certificações. Assim, percebe-se claramente que em sua maioria os módulos vão bem nos primeiros testes (padrões IEC) e os resultados caem em testes mais severos. Na imagem abaixo, o Damp Heat 1000 horas (sugerido pela IEC) e o damp Heat 2000 horas (teste estendido pelo PVEL);

- Ainda sobe certificações: como é com o INMETRO, os testes feitos para IEC são conduzidos em módulos escolhidos pelos próprios fabricantes, e não de forma aleatória em sua fábrica (pg 10).


- Este ano tivemos mais empresas com classificação Top Performer, o que não indica que TODOS os seus modelos de módulos foram aprovados em TODOS os testes. Segue uma imagem publicada no Webinar de apresentação do relatório, que detalha quantos testes e quantos modelos foram aprovados por cada fabricante;


- Ao lado, o histórico de empresas classificadas como Top Performer nos últimos anos:

Jinko e Trina em destaque absoluto;

Hanwha, JA e REC bastante próximos;

GCL e Longi em grande crescente.


- Percebe-se que alguns fabricantes de grande penetração de mercado brasileiro não aparecem na lista...



- Cada tecnologia tem suas particularidades quando o assunto é degradação, o que fica bem destacado no relatório.


Em uma rápida conclusão, o avanço tecnológico é importantíssimo para o mercado, porém não podemos fechar os olhos para a durabilidade dos módulos, que são o item de maior valor conjunto na maioria dos sistemas fotovoltaicos.

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